O mundo anda chato demais
Andei refletindo em algumas frases que estamos ouvindo e lendo diariamente , são essas :nossa hoje tudo é racismo, hoje tudo é homofobia, transfobia ,machismo ,que geração fraca ,não se pode mais usar de brincadeiras , as pessoas estão frágeis demais. Bom quando eu vejo pessoas falando isso principalmente nas redes sociais ,vejo o histórico delas ,muitas são brancas classe média alta querendo dizer o que é racismo para pobre e preto , muitas querem dizer a um gay o que é ofensivo sendo heterossexual e pasme querem dizer para uma mulher que ter medo de ser estuprada é frescura , muitos querem fazer chacota com transexuais e mulheres sem ser apontado como agressivo .
Mas
você pode dizer: ‘‘já sofri muito na vida, já sofri muito bullyng na vida e nem
morri ’’. Sabe o que isso significa sobre a dor de outra pessoa? Isso mesmo que
você esta pensando: Nada. Não importa se você subiu o monte Everest de joelhos,
surfou em cima de um cacto, ou foi marcado com ferro quente, e depois venceu
altos desafios isso nunca te dará o direito de
ser inconveniente ,grosso e hostil com outra pessoa .O Brasil ocupa ocupa primeiro lugar no mundo na morte de homossexuais e transsexuais perdendo apenas para países islâmicos.
A cada cinco minutos uma Mulher é estuprada no
Brasil, a violência contra mulheres negras cresceu assustadoramente chega a 98 %,para finalizar segundo a anistia internacional ,o Brasil é
onde mais morrem jovens negros no mundo .Essas são informações documentadas e
sérias ,não são achismos ou meras
estatísticas é a realidade nua e crua de
um país que não respeita as minorias .
Isso explica que : Quando um
individuo se encontra numa situação onde
sua aceitação social não é plena ,a mesma sociedade quer que ele se
comporte de uma maneira que a carga que ele carrega não existisse ,a mesma sociedade que aponta preconceitos
quer que esse não exista .Segundo o sociólogo Erving Goffmam :
[...] ele é aconselhado a corresponder naturalmente ,aceitando
naturalmente ,a si mesmo e aos outros ,uma aceitação de si mesmo que nós fomos
os primeiros a lhe dar . Assim, permite-se uma aceitação-fantasma ,forneça a
base para uma normalidade-fantasma . (1982,p133).h
Numa sociedade sadia, nunca será natural ofender,
humilhar alguém e o pior tentar convencer essas
pessoas que isso é certo .Para quem gosta de rir e se divertir as custas das minorias estigmatizadas é só
ligar a TV em canal aberto.
Recentemente um Apresentador de TV fez piadas sobre a violência contra a mulher, tratada de
maneira séria no Enem de 2015 e não foi punido por isso ao contrario foi muito aplaudido ,e quem se indignou levou nome de vitimista. No domingo a
tarde tem um programa que relata o negro da favela de forma caricata , com um e
dialeto de palavras vazias e repetidas, você pode ver isso nas novelas também
parece que o negro da favela nada mais é que uma caricatura engraçada que fala
palavras erradas, pode ver também como os gays e transexuais são tratados, sempre
como os animadores de plateia, mas não como seres humanos . O mundo não anda chato para você que
gosta de fazer chacota que nunca soube o
que é sentir na pele o que é ser uma piada
,ele continua igual com as mesmas
piadas dessa vez nas redes sociais ,ele continua igual na televisão e continua
igual do lado de fora da televisão ,mas o
mundo anda chato para quem tem que
engolir em seco opiniões fora da
realidade e fora da vivencia de opressão .
Os movimentos sociais foram de fundamental
importância para essa onda de conscientização,é um trabalho sério e que tem resistido não diria que que chegou no seu ápice ha muito o que conquistar . Por isso fica a reflexão não devemos aceitar como piada o que baixa nossa auto estima ,não
devemos aceitar como piada tudo aquilo que fere os direitos humanos e se o mundo esta chato para quem esta acostumado a ferir ,xingar ,é
sinal que nós que condenamos tais atitudes estamos fazendo a coisa certa .
Ótimo texto para refletirmos sobre a inconveniência de muitas pessoas em ainda persistirem com certas piadas, machistas, racistas e homofóbicos não passarão. Parabéns à autora.
ResponderExcluir